Caderno de Anotações

Os textos apresentados são apenas livre pensamento sobre fatos sociais, ambientais e ecológicos observados na Natureza. As relações entre esses fatos e as dificuldades em descrevê-los aqui tornam este site sempre em construção. A Física Ambiental como título é só junção de palavras para apontar o enfoque transdisciplinar da Natureza. As ferramentas web utilizadas são de livre acesso e as referências bibliográficas são apresentadas.

As disciplinas com enfoque Ambiental parecem apontar para conteúdos que apresentam caminhos ao planejamento territorial em prevenção e adaptação de seres vivos em seus ecossistemas. Em outras palavras, ao utilizar equações para relacionar coordenadas matemáticas, coordenadas geográficas e características de fenômenos naturais com as questões sociais e de sobrevivência de seres vivos, em um determinado intervalo espaço-temporal precisam ser invariante de escala e com base em aleatoriedade, pois a Natureza parece se mostrar assim. Para isso, depende do apoio das Ciências Sociais e Humanas que contribuem para explicar as interações biológicas, químicas e físicas no relevo terrestre. Por sua vez, estas interações dependem dos movimentos do planeta Terra e da Energia Eletromagnética Solar por ele recebida de forma diferente em cada Latitude-Longitude. Isto explica diretamente que a formação de biomas brasileiro, marés, enchentes, deslizamentos de massa em encostas, poluição de rios urbanos, agropecuária, chuvas extremas, ondas de calor, geleiras, degelo e seca são temporárias e incertas dependentes de eventos extremos aleatórios. Esta associação é não Gaussiana, que busca um equilíbrio entre os processos geomorfológicos que nunca é alcançado. Esta Termodinâmica do não-equilíbrio movimenta a rede de materiais, virtual e real, de alimento e energia para acontecer a vida no planeta, por exemplo, transportes terrestre, aéreo, fluvial e marítimo de alimentos e demais insumos de saúde pública são dependentes de eventos extremos aleatórios regidos pelas variações da temperatura da superfície do planeta. Tudo parece ocorrer como contingência, inclusive a existência dos seres vivos.

A transterritorialidade geomorfológica pode convergir para a Holística de Humboldt. Explica Ruy Moreira que Alexander Von Humboldt (1769-1859), o cientista da Natureza que cunhou o termo Ambiental, se baseou nos estudos de Immanuel Kant (1724–1804) e outros filósofos. Humboldt afirmou que como referência a "esfera das vegetações pode atuar como mediação das relações entre a esfera inorgânica das rochas e dos solos e a esfera da sociedade". Se passa como uma base integrada de tudo que está entre a camada de ozônio no limite da atmosfera até a profundidade em que o solo encontra a rocha da crosta terrestre. Este é o Box Geomorfológico do Geossistema Complexo do planeta Terra. Complexo porque não respeita certezas, equilíbrios e geometrias euclidianas criadas pelos seres humanos para demarcar territórios em mapas estáticos. Por exemplo, continua explicando Moreira, a geomorfologia da paisagem foi tirada da teoria da estética do poeta J. W. Goethe (1749-1832). Na sua época também foi gerada a noção de escala, que seus contemporâneos tomaram de empréstimo do J. H. Pestalozzi (1746-1827), à qual junta o romantismo da filosofia natural da identidade de F. G. Schelling (1775-1854) e forma um contexto da natureza em que "uma pessoa é parte integrante da percepção dessa pertença indo do mais próximo para o mais distante" (Moreira, Ruy. O que é geografia (Primeiros Passos) (p. 19). Brasiliense. Edição do Kindle) reconfigurando escalas, como os fractais.

Ao longo da história, se observou uma dependência dos estudos ambientais com os contextos sociais, econômicos, políticos e culturais de um país ou região. Então, tanto a Física quanto a Geografia, por exemplo, ao utilizar o enfoque Ambiental, não necessita de junção de palavras, mas de buscar estruturantes em estudos coletivos. É parceria entre os seres vivos e a crosta terrestre envolvidos em fenômenos geomorfológicos que agrega não linearidade e efeitos dinâmicos aos geossistemas planetários. Isto é necessário para um entendimento mais próximo da realidade que vivemos. As questões biológicas, físicas, químicas, humanas, sociais, geográficas, fósseis, arqueológicas e os assentamentos humanos no planeta, principalmente, nos últimos 150 mil anos, devem ser incorporadas aos estudos. O objetivo seria contribuir na busca urgente de soluções para minimizar o impacto da crise do clima nos ecossistemas e alicerçar a tomada de decisão dos gestores públicos municipais nas reformulações estratégicas de sobrevivência das pessoas, animais e plantas em seus territórios.

Este site considera que a vida no planeta está entrelaçada com o conceito de Ecossistema, que é uma comunidade biológica de organismos em um território de área definida, ou em um volume de água que realiza interações entre si e com os fatores inanimados em todo ao seu redor. Tal pensamento pode ser base para mapas temáticos em cartografia coletiva de relevos. Associado com este conceito está o de Sustentabilidade, não a versão vulgar, cansativa e erroneamente utilizada por políticos e mídias oficiais, mas a da capacidade que o ambiente natural, que dá suporte à vida e aos sistemas econômicos, políticos e culturais, tem de sobreviver ou se adaptar indefinidamente às mudanças em condições climáticas extremas, inclusive, não sabemos se o planeta nos seus mais de 4 bilhões de anos de existência necessita de ajuda de seres vivos para isso, pois o inverso é que parece ocorrer nos últimos 400 mil anos, desde os Neandertais, ou seja, são os seres vivos que se protegem das mudanças naturais do relevo planetário para conseguirem existir. Isto é alicerçado no fato de que existe vida na Terra há milhões de anos, mesmo com ocorrências de separações de continentes, impactos de meteoritos, cinco extinções em massa, várias eras glaciais, o fim dos Neandertais há 40 mil anos e a existência de Homo Sapiens há 40 mil anos. Associado com esses conceitos está o de Geomorfologia, ciência da Terra autônoma, que é entendido como o estudo da evolução genética das formas da Terra.


Figura 1 Fonte: Consultas em Sites e Livros sugeridos.

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