Site em reformulação...

Proposta e Organização

Este site apresenta alguns estudos de Geomorfologia com enfoque Socioambiental através de textos e mapas interativos. Um possível objetivo seria tentar contribuir como uma ferramenta livre e on line para auxiliar no planejamento ambiental em cidades da Baixada Fluminense, frente aos conflitos territoriais causados pela Crise Climática.

Observa-se nos últimos anos que, muitas pessoas dos departamentos de planejamento dessas cidades buscam informações ambientais utilizando mapas e textos em dispositivos móveis, principalmente, em trabalho de campo, mas simultaneamente conectados aos computadores fixos nas salas dos departamentos. Por exemplo, isto ocorre em grupos de trabalhos como iluminação pública, manutenção de manilhas em ruas e galerias, pontos de visada de galeriais, limpeza de rios, bocas de lobo, alagamentos em ruas, trincheiras de estudos Arqueológicos, combate aos incêndios nas matas das encostas das Serras Mendanha e Tinguá, sondagens para verificações dos riscos de deslizamentos de massa, movimentação de assentamentos humanos etc. Portanto, as informações sobre os impactos da crise climática na rotina dessas pessoas são necessárias. Por isso fazem parte do planejamento territorial das cidades.

Esta crise pode ser entendida como "pertubações" causadas no ritmo Natural das mudanças ambientais do planeta. Grande parte dos cientistas do mundo afirma que além dos históricos de vulcanismo e terremoto, o crescimento dos assentamentos humanos nas grandes metrópolis tem pertubado de forma crescente, há 4.000 anos, o regime Natural das variações climáticas e das mudanças do relevo terrestre. Construções de cidades e estradas; máquinas à vapor; combustíveis fósseis; mineração; alterações de canais fluviais em processos de irrigações, estão dentre vários exemplos que colocaram no solo e na atmosfera diversas substâncias como gases, fertilizantes, pesticidas para o bem de um empreendedorismo de interesse humano momentâneo.

Provavelmente, a principal preocupação da humanidade é que desde a formação das geleiras polares no planeta, há 2 milhões de anos, uma sequência de eras do gelo tem acontecido a cada 120 mil anos. Nestas eras as geleiras crescem absurdamente, baixa o nível dos oceanos e torna a vida no planeta uma luta interminável contra o clima frio. Quando acontece o degelo dos polos passamos por um período de aproximadamente 12 mil anos de benevolência climática, até iniciar novamente o crescimento das geleiras.

Porém, ao invés de se observar agora os efeitos da chegada de uma nova era do gelo, pois já faz 12 mil anos do último degelo, estamos observando um aquecimento planetário fora do normal, com degelo acelerado dos polos e aumento da temperatura média do planeta. Esta pertubação na mudança climática Natural do planeta é a anomalia que chamamos de Crise Climática.

Esta periodicidade foi entendida devido aos cálculos dos Astrônomos nos últimos 6.000 anos sobre os movimentos do sistema Terra-Lua em torno do Sol, que faz variar por latitude-longitude a radiação solar que chega na atmosfera e no relevo terrestre. A Teoria de Milankovitch de 1930 sobre a mudança na insolação da Terra comprovou esta periodicidade. Isto permitiu compreender as formações de diferentes biomas, regimes de vento, pressão, temperatura, marés, navegabilidade em rios e mares, agropecuária e a força hidrológica como rios, cachoeiras, chuvas, evapotranspiração de floresta, águas subterrâneas, geobiodiversidade de seres vivos e as próprias variações das geleiras.


Explicações FAPESP sobre El Niño

Planejamento Territorial pela Bacia Hidrográfica Iguaçu-Sarapuí

Há possibilidades de políticas de prevenção e adaptação

O limite do Planejamento Territorial depende da evolução do relevo em encostas e planícies.

A Geomorfologia poderá contribuir com as adaptações urbanas à crise climática em assentamentos humanos

A Bacia Hidrográfica Iguaçu-Sarapuí está situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no Sudeste Brasileiro. Ela é apresentada oficialmente no site do Comitê Oeste da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá, que é chamada Região Hidrográfica V, RH-V. Abrange 7 municípios: Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti e Nilópolis. Parcialmente, abrange Petrópolis, Nova Iguaçu, Magé e Rio de Janeiro. Possui uma área de aproximadamente 4.800 km².

Nesta região reside a maior parte da população urbana do Estado e mais de 1 milhão de habitantes estão em planícies inundáveis, com episódios de chuvas extremas e ondas de calor com aumento acelerado da frequência de ocorrência anual. Esta situação é observada há vários anos é por este motivo necessita reformulação contínua de políticas públicas, inclusive, para mapeamento e proteção de pontos históricos e sítios de Geobiodiversidade dos municípios desta região.

Suspeita-se que a saturação urbana na Bacia Hidrográfica Iguaçu, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, modifica a evolução Natural das encostas das Serras do Mendanha, parte norte, e a de Tinguá, parte sul. Portanto, poderá ser necessário o estudo das interações climáticas e socioambientais com a cronologia da desnudação dessas vertentes.

Isto poderia permitir analisar o suprimento de sedimentos que entulham planícies e galerias, inclusive, modelam as margens dos rios que drenam esta Bacia e desembocam na Baía de Guanabara. Nesta região, as políticas públicas de prevenção e adaptação à crise climática estão limitadas pelas condições geomorfológicas e pelo impasse sobre quem teria a autonomia necessária entre os poderes Municipais, Estadual e Federal para soluções e financiamentos de grandes obras urbanas.

Estas relações complexas atrasam as adaptações dos assentamentos humanos e as prevenções aos deslizamento de massa, inundação de rios, ondas de calor, chuvas extremas e variações do nível do mar na Baía. Obras que minimizariam conflitos territoriais.

As atualizações deste site ocorrerão de acordo com a possível rotina do trabalho de campo, que tomou como estudo de caso a área do centro urbano da cidade de Nova Iguaçu, RJ, no território entre a vertente norte da Serra do Mendanha e o Rio Botas desta Bacia.

Quais seriam as contribuições destas vertentes no entulhamento de sedimentos na cidade de Nova Iguaçu, nas suas galerias e nas mudanças das margens do Rio Botas, o seu degradado rio drenante Natural? Quais seriam, também, os impactos no escoamento dessas drenagens, caso acontecesse um pequeno aumento no nível do mar na Baía de Guanabara nos próximos 30 anos?

O WebMap deste site focou em apresentar esta Bacia Hidrográfica em alta resolução como uma ferramenta de gestão municipal. No mapa on line pode-se escolher, habilitando ou desabilitando, as camadas sobre os temas ambientais de interesse da pessoa, por exemplo, com superposição de camadas com a camada da Bacia Iguaçu-Sarapuí. Dentre algumas camadas iniciais, temos:

Pontos Críticos no centro de Nova Iguaçu, Quarteirões, Ruas, pontos arqueológicos (Portos situados no Rio Iguassú, em 1860), Hipsometria com altitudes de 5m (verde) até 1.000m (marrom escuro), Curvas de Nível com 20 metros Resolução Espacial, Relevo, drenagem natural da Bacia, Exutórios dos rios na Baía de Guanabara, algumas galerias urbanas e Densidade de Drenagem no Centro da Cidade de Nova Iguaçu. O mapa está interativo com a ponteira do mouse ou celulares em modo paissagem. Ao clicar com o mouse no ponto, as informações locais aparecem em janelas que abrem. Além disso, exitem três mapas de base do Google disponibilizados gratuitamente para reflexões cartográficas.

Este WebMap foi realizado com o software livre QGis, biblioteca Openlayers, as camadas e suas informações são Bancos de Dados em Shapefiles criados por trabalho de campo próprio e outras distribuídas em 2023 pelo Serviço Geológico do Brasil - CPRM, INEA e IBGE. Utilizou-se imagens dos sensores do Satélite LandSat 8 e 9, distribuídas gratuitamente pelo INPE e Modelo Digital de Elevação do Opentopography, também livremente disponibilizado pelo sensor do Radar SRTM.


WebMap Bacia Iguaçu

WebMap Bacia Iguaçu em página separada

Compare com o Mapa online da Bilioteca Nacional - Baía de Guanabara 1922, quando o Rio Sarapuí desembocava direto na Baía

Bacia Iguaçu e Baía de Guanabara - Histórico